No dia 20 de Janeiro foi celebarada no Bairro do Saltinho a Missa em louvor a São Sebastião logo após uma grande procissão que teve seu inicio na Igreja Matriz de Gabriel Monteiro e caminhando até a Capela do Bairro onde todos celebraram juntos com Padre Arnaldo e pessoas de toda comunidade. São Sebastião o Padroeiro do Bairro
nasceu em Narvonne, França, no final do século III, e desde muito cedo seus pais
se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado. Seguindo o exemplo
materno, desde criança São Sebastião sempre se mostrou forte e piedoso na fé.
Atingindo a idade
adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador Diocleciano, que até
então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração. A figura
imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao
Imperador, que este o nomeou comandante de sua guarda pessoal. Nessa destacada
posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em
Roma naquele tempo. Visitava com freqüência as pobres vítimas do ódio pagão, e,
com palavras de dádiva, consolava e animava os candidatos ao martírio aqui na
terra, que receberiam a coroa de glória no céu. Enquanto o
imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião
foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiu-se traído, e ficou perplexo ao
ouvir do próprio Sebastião que era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele
renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando
os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e
perseguidos. O Imperador,
enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu
ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi
imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram a
um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram
para que sangrasse até a morte. À noite, Irene,
mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução, para
tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o
mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa,
cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis
continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia
apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas
contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado.
Diocleciano
ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e
ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de
chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no
esgoto público de Roma. Uma piedosa
mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287.
Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportados para
uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje.
Naquela ocasião, uma terrível peste assolava Roma, vitimando muitas pessoas.
Entretanto, tal epidemia simplesmente desapareceu a partir do momento da
transladação dos restos mortais desse mártir, que passou a ser venerado como o
padroeiro contra a peste, fome e guerra. As cidades de
Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram
livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande
santo. São Sebastião é também muito venerado em todo o Brasil, onde muitas
cidades o tem como padroeiro. São Sebastião Rogai por nós!